De acordo com a Alphabet, controladora do Google, a proibição deve entrar em vigor ainda nesta quarta-feira (3), em todos os países da União Europeia, Reino Unido, Ucrânia, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Ao que tudo indica, países da América do Sul não devem entrar nessa lista, pelo menos não por enquanto. Além de impedir novos downloads, aqueles que já possuem os apps instalados em seus dispositivos não conseguirão acessar novas notícias disponibilizadas pelos veículos de comunicação russos. No sábado (26), o Google já havia anunciado o bloqueio de canais do YouTube ligados à rede de TV Russia Today e ao portal Sputnik, ambos veículos de comunicação estatais controlados e financiados pelo governo russo, em toda a Europa. Além disso, os ganhos provenientes de monetização seriam congelados, segundo o comunicado. A nova medida adotada pelo Google vem na sequência de uma série de sanções criadas por outras grandes companhias, como a Meta, proprietária do Facebook que na segunda-feira (28) anunciou o bloqueio de acessos a conteúdos do Russia Today e do Sputnik na União Europeia. A Apple também é outra gigante da tecnologia que anunciou sanções à Rússia. Ontem (1), a companhia de Tim Cook confirmou que removerá os principais jornais russos da App Store em todos os mercados fora da própria Rússia, além de interromper todas as vendas de seus produtos em território russo. A decisão da Apple segue um pedido do vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov, que escreveu uma carta ao CEO da empresa, Tim Cook, pedindo que interrompesse as vendas de dispositivos na Rússia e bloqueasse o acesso à App Store completamente. “Estou profundamente preocupado com a situação na Ucrânia”, tuitou o CEO Tim Cook na última quinta-feira. “Estamos fazendo tudo o que podemos por nossas equipes lá e apoiaremos os esforços humanitários locais. Estou pensando nas pessoas que estão agora em perigo e me unindo a todos aqueles que pedem paz”, completou Cook. As ações adotadas pela Apple e Google demonstram o esforço coordenado de governos e empresas de todo o mundo, com o intuito de implementar severas sanções econômicas contra a Rússia. Por dia, mais de dez companhias de médio porte anunciam boicotes ao governo russo. O saldo da guerra até o momento traz números estarrecedores: segundo fontes oficiais, mais de 2 mil civis ficaram feridos na Ucrânia, já o total de mortos chega a 350.
Veja também:
Google Maps mostrou invasão russa na Ucrânia em tempo real. Informações de trânsito oferecidas pelo Google Maps foram utilizadas para acompanhar a invasão russa sobre território ucraniano. Fontes: TechCrunch, Reuters, Business Insider.